quinta-feira, 25 de outubro de 2012


“Nunca pensei que houvesse possibilidade de termos um Carmelo em Pouso Alegre. Mas, quando Deus quer, tudo se torna fácil”.
(Dom Otávio Chagas de Miranda)

“Que vossas obras vos glorifiquem, ó Senhor” Sl. 144,10


FUNDAÇÃO do Carmelo da Sagrada Família

Aos 26 de Outubro de 1943, o Exmo. e Revmo. Sr. D. Otávio Chagas de Miranda, DD. Bispo de Pouso Alegre celebrava, na Igreja do Rosário da mesma cidade, a Missa Solene de instalação do Carmelo da Sagrada Família.
            Doze anos antes, no mesmo dia, no Carmelo Regina Coeli em Roma, o Revdo. Padre Delfim Ribeiro Guedes, Bispo eleito de Leopoldina celebrava a sua primeira Missa. Sentindo talvez nas aspirações e alegrias de neo-sacerdote o bafejo da Santinha de Lisieux, Sta. Teresinha do Menino Jesus, constituíra entre os ideais do seu sacerdócio, aquele de fundar um Carmelo. Assistíamos pois, agora, a uma dessas coincidências felizes que a nós parecem coincidências, mas são na realidade graças marcadas pelos desígnios misericordiosos de Deus que atende sempre as aspirações das almas generosas que se dedicam ao seu serviço e se empenham pela sua glória. A sementinha plantada no coração do jovem Sacerdote, fecundada durante doze anos de trabalhos no cultivo da vinha do Senhor, germinava agora quando ele atingia a plenitude do seu sacerdócio, pois a 3 de Outubro deste mesmo ano, na festa de Sta. Teresinha do Menino Jesus, recebera, na Catedral de Pouso Alegre, a sagração episcopal. No limiar do sacerdócio – a aspiração; no limiar do episcopado – a realidade. Deus lhe dera, qual magnífico presente, nas festas de Sagração, o Carmelo da Sagrada Família! A esse Deus de bondade e misericórdia graças sejam dadas por todos os séculos dos séculos! Amém.
            O que foi a fundação do Carmelo da Sagrada Família em seus primórdios pode-se bem ver pela carta seguinte que S. Excia. D. Delfim, então Reitor do Seminário de Pouso Alegre e dedicado colaborador nos trabalhos do seu digno Pastor, escreveu à S. Excia. para pedir-lhe a devida autorização.


Exmo. e Revmo. Sr. Bispo Diocesano
L. J. C.
            Antes de mais nada, peço a V. Excia. se digne abençoar-me. A finalidade desta é toda especial, pois venho cumprir um dever, que desejo seja muito grato ao coração de V. Excia.
            Foi sempre meu ardente desejo, e chega mesmo a constituir um ideal de minha vida sacerdotal, concorrer para a fundação de um Carmelo nesta cidade. Só num futuro muito remoto, porém, eu achava que essa aspiração poderia tornar-se realidade.
            Os acontecimentos tomaram, entretanto, rumo diferente. Pessoas bem intencionadas, das mais conceituadas da cidade, estavam ao par de meu desejo. Percebendo estas que a casa a ser doada para o possível Carmelo estava na eminência de ser vendida, de acordo comigo, resolveram negociar a casa.
            Trata-se da moradia do Cel. Joaquim Ribeiro de Abreu, ao lado da igreja de Nossa Senhora do Rosário. O negócio teve a aparência de compra e venda, mas, na realidade, só há mesmo doação. Esta doação foi feita à Diocese para que V. Excia., em tempo oportuno, se digne aproveitar para a fundação do Carmelo.
            Sei, Exmo. Sr. Bispo, que é mais uma série de trabalhos para V. Excia. Rogo, entretanto, a V. Excia. se digne acolher bondosamente a nossa idéia. Nossa, digo, porque não é somente minha, mas também de pessoas que V. Excia. muito estima, cujos nomes não tenho autorização para declinar. O Carmelo será um ato contínuo de agradecimento a Deus, por termos a felicidade de ver V. Excia. completamente restabelecido.
            V. Excia. terá a colaboração de ótimos elementos, prontos a todos os sacrifícios, caso nossa idéia tenha acolhida. Peço licença a V. Excia. para não citar-lhes, por ora, os nomes, pois desejam, por motivos bem justos, conservar-se, por enquanto, anônimos. Quanto a mim, sou, por certo, o mais inútil, mas desejo, caso V. Excia. o permita, trabalhar muito, de acordo com suas determinações.
            A compra das casas e do terreno importou em 50:000$000 (cinqüenta contos), elevando-se as despesas a 3:832$300. Quanto a este dinheiro, V. Excia. nenhum trabalho terá, porque retornará integralmente, estando este retorno completamente assegurado.
            Conheço bem a orientação atual de V. Excia. de encaminhar todos os recursos para a construção da nova Catedral. Mas esse dinheiro do Carmelo só seria oferecido para o Carmelo ou Instituição semelhante, pelo que me apressei em fazer a aquisição das casas e do terreno.
            Alimentamos firme esperança de que V. Excia. se dignará apoiar-nos, pois queremos, confiados na bondade divina, fundando o Carmelo da Sagrada Família, facilitar o trabalho pastoral de V. Excia., mediante mais copiosas graças divinas, alcançadas pelas orações e penitências de almas santas consagradas a Deus.
            Permita-me V. Excia. esclarecer que unicamente apareceu, como comprador, o nome do Sr. Vilela. Os outros nomes, que poderiam figurar no negócio, estão em completo sigilo, pois as pessoas interessadas não desejam que apareçam de modo algum, receando prudentemente empecilhos e tempestades no seio das próprias famílias.
            É ainda desejo dessas pessoas que as Irmãs Carmelitas venham do Carmelo de Campinas. Ficaremos sumamente satisfeitos se V. Excia. puder conceder-nos que a igreja do Rosário sirva para Capela do Mosteiro. Quanto à manutenção do Carmelo, nenhuma dificuldade advirá, porque haverá legados para esse fim.
            Sendo nosso plano aparentemente tão arrojado, não sei mesmo que impressão poderá causar a V. Excia., mas, caso V. Excia. não o ache viável, apresso-me em adiantar que nenhum prejuízo advirá daí para a Diocese, por ter sido já prevista no negócio toda a hipótese possível.
            Expus a V. Excia., com toda a sinceridade, o nosso plano, deixando apenas de esclarecer certos pontos não necessários, por enquanto. Esperamos que V. Excia. se digne acolher benignamente nossa idéia e, nessa persuasão, beijo reverente seu sagrado anel, firmando-me.
                                                                           Humílimo filho em N. S.
                                                                          Cônego Delfim R. Guedes

            O Exmo. e Revmo. Sr. D. Otávio se achava então em Campinas, apenas restabelecido de grave enfermidade, tendo se submetido à delicada intervenção cirúrgica. A manifestação da vontade divina se fez sentir na alegria e generosidade com que S. Excia. Revma. aceitou essa proposta, embora ela lhe trouxesse um acréscimo de trabalhos e responsabilidades. Da sua resposta basta-nos pois, transcrever este feliz pensamento que se tornou como que a divisa dos que se empenhavam nessa árdua empresa: “Nunca pensei que em Pouso Alegre houvesse possibilidade de termos um Carmelo.” (22-X-1943). “Mas quando Deus quer, tudo se torna fácil.” (22-X-1943). Aproveitando o ensejo da sua estada em Campinas, dirigiu-se logo ao Exmo. e Revmo. Sr. D. Paulo de Tarso Campos, D.D. Bispo daquela Diocese, pedindo-lhe algumas Religiosas do Convento de Sta. Teresinha da mesma Diocese, (em Campinas), para a nova fundação. Tendo o consentimento do ilustre Bispo de Campinas, foi ao Carmelo entender-se com a Revda. Priora, Madre Maria Ângela de Jesus que, vendo também assim realizado um desejo do seu coração ardente de zelo pela glória de Deus e da Sta. Ordem de Nossa Senhora do Carmo, recebeu esse pedido como uma bênção do Céu, embora lhe impusesse um doloroso sacrifício. Aceito pela Comunidade, ficou decidida a vinda de quatro Religiosas daquela casa para a nova fundação que se denominaria – Carmelo da Sagrada Família – conforme o desejo de uma das benfeitoras.
            A prevista doação da casa de que fala S. Excia. D. Delfim ao Exmo. e Revmo. Sr. Bispo Diocesano não podendo se efetuar por motivos particulares de família, o retorno da quantia empregada na compra da mesma não se efetuou também conforme se esperava e vai-se fazendo aos poucos com muita generosidade pelas caridosas benfeitoras. Por esse motivo não se realizou tão depressa como prometia, a fundação do Carmelo da Sagrada Família.
            Com o fim de instruir o povo sobre as finalidades do Carmelo e despertar também a generosidade dos católicos para essa obra que lhe era tão cara, o Exmo. e Revmo. Sr. D. Delfim convocou várias reuniões e promoveu uma campanha de trabalhos e orações. Numerosas pessoas aderiram com a melhor boa vontade a esse apelo e trabalharam generosamente para obterem logo um Carmelo em Pouso Alegre, chegando mesmo a dirigirem ao Exmo. e Revmo. Sr. Bispo D. Otávio um ofício com elevado número de assinaturas solicitando-lhe se dignasse pedir a devida licença à Santa Sé.
            Iniciou-se então o trabalho de adaptação da casa situada ao lado da igreja de Nossa Senhora do Rosário, que foi também generosamente cedida ao Convento pelo Exmo. e Revmo. Sr. Bispo Diocesano. Mas quando iam ativamente esses trabalhos foi o Exmo. e Revmo. Sr. D. Delfim nomeado pela Santa Sé, Bispo de Leopoldina. Tinha ele que voltar o olhar e o coração para a nova missão de que a Sta. Igreja o incumbia. Parecia que a fundação esmoreceria sem o auxílio dessa alma forte que com tanto carinho e ardor a dirigia, mas não foi assim. Os novos trabalhos, a nova e grande responsabilidade que assumia, não o fizeram esquecer o empreendimento que Deus, outrora, numa hora feliz lhe fizera entrever. Foi pois ainda, com maior empenho que, com a assistência paternal do seu Bispo, já restabelecido, e a cooperação de generosos auxiliares, tudo fez para que antes de sua partida para Leopoldina, o Carmelo estivesse fundado, prometendo continuar sempre a ter por ele o mesmo interesse e dedicação. Além das orações, trabalhos e sacrifícios que dispensa tão generosamente à sua obra, custeia ainda 24 títulos no valor de Crs $ 10.000,00 cada um, em benefício do Patrimônio do Carmelo.
            O pedido foi feito à Santa Sé e a resposta afirmativa veio telegraficamente sendo recebida em 1º de Setembro de 1943. Em vista das circunstâncias da guerra atual, o rescrito ficou para ser dado quando fosse possível. A alegria empolgou o coração de quantos esperavam essa concessão e a fundação foi decidida para o dia 15 de Outubro, festa de Santa Teresa de Jesus, a grande Matriarca do Carmelo. Entretanto, como para essa data os trabalhos de adaptação não pudessem ser terminados, foi adiada para o dia 26 do mesmo mês, devendo as Irmãs Carmelitas chegarem à Pouso Alegre no dia 25 à tarde.
            Voltemos agora o nosso olhar para o Mosteiro de Sta. Teresinha do Menino Jesus, de Campinas, árvore bendita plantada há dezessete anos pelas mãos paternais do saudoso D. Francisco de Campos Barreto segundo Bispo de Campinas. Dessa árvore, ramo iria agora sombrear também a Diocese de Pouso Alegre. Essa casa, lar bendito da Virgem do Carmelo, onde, com a proteção de Sta. Teresinha e sob a direção da Revda. Madre Maria Ângela de Jesus reina o verdadeiro espírito carmelita, seria o berço da nova fundação. É aqui quase palpável a realidade daquele quadro que representa a espiritualidade de Santa Teresinha do Menino Jesus e no qual a meiga santinha é recebida alegremente no lar de Nazareth. Dali saíram as filhas de Nossa Senhora, quais outras Teresinhas para serem recebidas no lar da Sagrada Família.
            Na manhã, pois, do dia 25 de Outubro de 1943 foi celebrada na igreja do Carmelo de Campinas a Missa Votiva do Espírito Santo, por intenção das Irmãs que iam partir. Eram elas: Irmã Maria Imaculada da SS. Trindade, Irmã Maria Cristina do Espírito Santo, Irmã Maria Conceição das Cinco Chagas e Irmã Maria Madalena do Precioso Sangue. O celebrante, Revmo. Sr. Padre José Nardim, Capelão do Mosteiro, fez uma comovente alocução. Comentando o “Ecce quam bonun” disse que esse dia, apesar da separação dolorosa, devia ser um dia de alegria, convidando as Irmãs a entoarem o “Magnífica”. Após a Missa rezou com a Comunidade o Itinerário prescrito no Breviário para os viajantes. Terminada a Missa e feitas as despedidas, a comunidade reuniu-se na portaria onde se achavam a imagem de Nossa Senhora do Carmo e os retratos dos dois ilustres Bispos de Campinas: os Exmos. e Revmos. Srs. D. Francisco de Campos Barreto e D. Paulo de Tarso Campos. Aí, a Revda. Madre Maria Ângela de Jesus em tocante oração, implorou para as Irmãs que partiam as bênçãos de Nossa Senhora e de D. Barreto, pois D. Paulo, com carinho paternal, poucos dias antes lhes trouxera pessoalmente as suas. Depois leu a Portaria do Exmo. e Revmo. Sr. D. Paulo de Tarso Campos autorizando a partida das Irmãs, entregando em seguida à Revda. Madre Maria Imaculada da SS. Trindade a imagem de Nossa Senhora do Carmo, feita sob o modelo da existente em Campinas. As Irmãs dirigiram-se então para a porta da clausura acompanhadas pela Revda. Madre Maria Ângela de Jesus, Irmã Maria José do Coração de Jesus e Irmã Maria Benigna da Eucaristia.
            Esperava-as fora grande número de pessoas que as receberam com carinhosa atenção. Dirigiram-se, em automóveis para a estação, acompanhado-as na viagem, além das pessoas da família, o Revmo. Sr. Padre José Nardim, Capelão do Carmelo de Campinas, representando o Exmo. e Revmo. Sr. D. Paulo, duas Missionárias de Jesus Crucificado e a Sra. Dª Ludovina Barreto prezada irmã do saudoso D. Barreto.
            A viagem, decorrida em religiosa cordialidade, foi feita em carros reservados, oferecidos pela Companhia Mogiana e pela Rede Mineira de Viação. A recitação do Rosário e os cânticos religiosos davam-lhe o aspecto de verdadeira romaria piedosa. As 14 horas as Irmãs recitaram as Vésperas, seguida das Completas, porque não havia possibilidade de as dizer à hora prescrita.
            As 18 horas e meia, mais ou menos, chegavam à Pouso Alegre as pobres filhas de Sta. Teresa. Esperava-as na estação verdadeira multidão, à frente da qual se achava o Revmo. Sr. D. Delfim Ribeiro Guedes que numa atitude carinhosa e paternal abençoou as filhas Carmelitas. Foram cumprimentadas também por vários Sacerdotes e pela Comissão de Senhoras que auxiliou a fundação do Carmelo. Foi uma recepção simples, mas cheia de respeito e amizade que muito comoveu as Irmãs. Conduzidas em automóveis, dirigiram-se à igreja do Rosário onde nova multidão aguardava sua chegada, recebendo-as carinhosamente entre palmas e flores. Abençoadas pelo Exmo. e Revmo. Sr. Bispo Diocesano D. Otávio Chagas de Miranda, que cheio de alegria apresentou as boas vindas às novas filhas, dirigiram-se as Religiosas para o presbitério entoando o Laudate, por entre as alas do povo que as comprimia cheio de emoção. Seguiu-se a Bênção do Santíssimo Sacramento dada pelo Revmo. Sr. Cônego Luiz de Gonzaga Ribeiro. Finda a qual visitaram o Convento e foi a custo que o povo se dispersou.
            Depois da ceia que lhes foi caridosamente preparada, as Irmãs recitaram as Matinas e se recolheram nas celas previamente preparadas.
            No dia seguinte, 26 de Outubro, depois do levantar, à hora regular, as Irmãs rezaram as Horas Menores do Ofício Divino e as 6 horas e meia, do coro do novo Carmelo, ouviram a Sta. Missa celebrada pelo Exmo. e Revmo. Sr. Delfim Ribeiro Guedes.
            Às 7 horas e meia o Exmo. e Revmo. Sr. Bispo Diocesano celebrou a Missa Solene que foi assistida por grande número de fiéis. Ao terminar falou eloqüentemente, S. Excia. Revma. sobre o acontecimento que se realizava. Em palavras calorosas manifestou o júbilo de que todos se achavam possuídos, porque o Carmelo é uma escola de oportunos ensinamentos, especialmente de recolhimento e penitência; como também uma fonte de grandes benefícios espirituais para todos, como casa oficial de oração, espécie de banco espiritual onde todos tem crédito para atender as suas necessidades. Em seguida implorando as bênçãos de Nossa Senhora, S. Excia. Revma. agradeceu a todos que concorreram para a realização dessa grande Obra, especializando esse agradecimento ao Exmo. e Revmo. Sr. D. Delfim e seus cooperadores, às Irmãs Carmelitas bem como à Irmandade do Rosário, que cedera a sua Igreja para servir ao Mosteiro.
            Depois foi lido, pelo Revmo. Sr. Padre José Nardim, o decreto da ereção do novo Carmelo e feitas as nomeações seguintes:
            Irmã Maria Imaculada da SS. Trindade – Priora e Mestra das Noviças; Irmã Maria Conceição das Cinco Chagas – Sub-Priora; Irmã Maria Cristina do Espírito Santo – 1ª Clavária; Irmã Maria Madalena do Precioso Sangue – 3ª Clavária.
            Foram nomeados ainda: Revdo. Padre José Oriolo – Capelão; Revdo. Padre Feliciano – Confessor ordinário; Revdo. Padre Superior dos Missionários do Coração de Maria – Confessor extraordinário e o Sr. Manoel Vilela Pereira – Síndico do Mosteiro.
            Fez então S. Excia. Revma. a entrega das chaves à Priora encerrando a imponente cerimônia com o canto solene do Te Deum seguido da Bênção do Santíssimo Sacramento.
            Dirigiram-se todos para o Mosteiro onde, após o café oferecido pela comissão aos Exmos. e Revmos. Srs. Bispos, Sacerdotes e família das Irmãs, foi feita pelo Exmo. e Revmo. Sr. D. Delfim a entronização do Sagrado Coração de Jesus. No fim, a Revda. Madre Maria Imaculada leu uma consagração à Nossa Senhora, tomando-a por Priora e Mãe do novo Carmelo, consagração esta que foi ouvida num religioso silêncio.
            Despedida a numerosa multidão que comovida desfilou-se pedindo a bênção às Irmãs, depois de tiradas algumas fotografias, foi finalmente fechada a clausura por ordem do Exmo. e Revmo. Sr. Bispo Diocesano.
            Estava fundado o Carmelo da Sagrada Família, o novo lar do Menino Jesus. Começava agora a sua vida regular renovando na terra a vida oculta e pobre de Nazareth para o bem das almas e para a glória de Deus. Outras almas escolhidas virão também partilhar esse viver de oração e sacrifício que elevar-se-á continuamente à Deus. Não serão esquecidos, certamente, todos quanto por seus trabalhos, orações e esmolas, concorreram para a construção não só material, mas espiritual desse edifício que ora se ergue num recanto de Pouso Alegre. Cumule-os Deus com a plenitude de suas graças, dando-lhes a felicidade na terra e a glória no Seu reino que jamais terá fim! 

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