“Resplandece para nós um santo dia! Vinde, adorai o Senhor!”
Desejamos
que essa luz, essa alegria, do nascimento de Deus na carne, envolva nossos
corações durante todo o novo ano que se inicia e que cresçamos cada vez mais na
fé, na esperança e no amor".
Feliz
Natal! Feliz Ano Novo!
Festa da Sagrada
Família
"A
festa da Sagrada Família, fixada pela liturgia em pleno clima natalício, põe em
evidência que o Filho de Deus, vindo ao mundo, quis inserir-se, com todos os
homens, em um núcleo familiar, embora, pelas condições singulares das relações
entre Maria e José, fosse uma família totalmente excepcional, no bom sentido.
Fazendo-se homem, quis seguir o caminho de todos: ter uma pátria e uma família
terrena. Esta, porém, tão simples e humilde, que não se distinguia em nada,
exteriormente, das outras famílias israelitas. Todavia, refere o Evangelho
alguns episódios que põem em relevo sua inconfundível fisionomia espiritual.
Quarenta
dias após o nascimento de Jesus, vão ao templo de Jerusalém Maria e José “a fim
de oferece-lo ao Senhor, como está escrito na Lei de Moises”. Iluminado pelo Espirito
Santo, reconhece Simeão no Menino “o Ungido do Senhor... toma-o nos braços e
bendiz a Deus”, em seguida, voltando-se para Mãe, depois de ter-lhe falado da
missão do Filho, diz-lhe: “A ti, uma espada transpassará a alma”. Maria e José,
ao apresentarem Jesus no Templo, mais que cumprir uma formalidade segundo a
Lei, renovaram a Deus a oferta de sua absoluta submissão e, justamente nas
palavras de Simeão, recebem a confirmação de que aceitou Deus aquele gesto. O
sinal será a “espada”, ou seja, o sofrimento que acompanhará seus passos e
mediante o qual participarão da missão do Filho. Com este espírito abraçarão os
dois santos esposos todas as tribulações de sua não fácil vida: os incômodos da
repentina fuga para o Egito, a incerteza do estabelecimento em terra estranha,
os cansaços de um rude trabalho, as privações de uma vida pobre e, mais tarde,
a angustia por terem perdido o Filho na peregrinação a Jerusalém.
Explicar-lhes-á o próprio Jesus a razão profunda do sofrimento deles quando
lhes disser: “Não sabíeis que devo ocupar-me das coisas de meu Pai?”. Antes de
pertencer-lhes, pertence Jesus ao Pai celeste; Maria e José têm o encargo de
educa-lo para a missão que o Pai lhe confiou. Situação que exige de ambos o
máximo desinteresse e dá à vida deles sentido de serviço total a Deus em íntima
colaboração com a obra salvífica do Filho".
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