Queridos
amigos, queremos partilhar com vocês um comentário belíssimo sobre a Páscoa
tirado do missal cotidiano. “Cristo ressuscitou dos mortos, nele o mundo se
reergue. Os laços do pecado foram rompidos pela cruz; os laços da morte não
mais nos detêm. Mortos com Ele para este mundo, vivemos uma nova vida, a vida
daquele que ressuscitou dos mortos para a glória de Deus Pai. O Aleluia que
ressoa constantemente exprime a alegria da nova criação, em que todas as coisas
se tornaram novas. A Páscoa da Ressurreição é o nosso definitivo êxodo do mundo
do pecado e da escravidão para o mundo da gloriosa liberdade dos filhos de
Deus, sobre os quais a morte e o demônio perderam todo poder.
Os
cinquenta dias depois da Páscoa são de certo modo uma festa ininterrupta que
termina no Pentecostes.
É
o tempo do Aleluia, da liberdade dos filhos de Deus, da nova vida no Espírito,
da inauguração do reino de Cristo que, feito “Senhor” na sua ressurreição,
sentado a direita do Pai, está misteriosamente presente em sua Igreja, sobretudo
nos sacramentos pascais. Os cinquenta dias da celebração pascal são uma
celebração antecipada dos bens do Céu, “do tempo da alegria que virá em
seguida, do tempo do repouso, da felicidade e da vida eterna” (S. Agostinho).
Hoje
cantamos o Aleluia pelo “caminho”, amanhã será o “Aleluia da Pátria”. Hoje
cantamo-lo “não para alegrar nosso repouso, mas para mitigar nosso fardo” diz
ainda S. Agostinho: “Canta como viajante. Canta, mas caminhando, esquece o
cansaço cantando, porém toma cuidado com a preguiça. Canta, mas caminha”. Neste
período de Páscoa, celebrar a Eucaristia significa em particular: reconhecer
todas as manifestações de Jesus ressuscitado em sua Igreja; tornamo-nos
instrumentos dessas manifestações, como membros do povo sacerdotal; dar graças
ao Pai pela contínua presença de Jesus ressuscitado entre nós”.
Recordando
as palavras e os conselhos de Mãezinha “meditemos nos Evangelhos desse período
pascal que, com uma riqueza, deixam transparecer em cada um deles a bondade, a
mansidão, a caridade de Jesus. É um tempo de graça, esse da Páscoa. Sejamos
fieis, a fim de que possamos dizer também com o apostolo são Paulo, que a graça
não foi estéril em nós!”.
Feliz Páscoa!
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