Queridos amigos, o encerramento da Novena de Nossa Senhora do Carmo foi muito Solene, digno da Mãe, Rainha e Formosura do Carmelo. Foram dias de muitas graças para todos e, que possamos colocar em prática tudo que vivenciamos nesses dias, para darmos testemunho fiel de JESUS.

Agora entramos no mês vocacional e, como o jovem Samuel de quem fala a Bíblia, o cristão deve estar sempre pronto para qualquer chamado de Deus. Na verdade, porém, difícil é, por vezes reconhecer a voz do Senhor. A disposição de fundo para acolher o chamado de Deus são a prontidão e a disponibilidade, assim como o desejo de reconhecer o Senhor. Não podemos nos esquecer que todos os fiéis são, indistintamente, chamados a viver a graça de Cristo, seja qual for o seu estado de vida. Os batizados, contudo, pertencem a Deus de um modo muito especial, por causa da graça que faz deles seus filhos adotivos.

Vivamos com coerência e amor a vocação à qual fomos chamados.

No primeiro domingo celebraremos o dia do PADRE.

Jesus instituiu o sacerdócio ministerial, ao qual confiou as funções magisteriais e sacramentais. Jesus realizou o primeiro ato com a escolha e missão dos Doze. “E tendo chamado a si os doze discípulos, deu-lhes poder de expulsar espíritos imundos e curar toda espécie de doenças e enfermidades” (Mt 10,1). Jesus comunica-lhes sua própria missão e, portanto, seus próprios poderes: devem, como Ele, anunciar que está perto o Reino dos céus; como Ele, devem confirmar a verdade de sua palavra e milagres. E, como Ele, devem levar a mensagem de salvação a todos os povos.

Todos os poderes que deu Cristo à sua Igreja, confiou-os ao sacerdócio. Cabeça de todos – sacerdotes e fiéis – são os bispos e o Papa. A estes se dirigem as grandes palavras: “Assim como o Pai me enviou, assim também eu vos envio... Quem vos ouve, é a mim que ouve,e quem vos despreza é a mim que despreza” (Jo 20,21; Lc 10,16). Toda a dignidade e excelência do sacerdócio está nessa investidura por parte de Cristo. Desta verdade devem estar cônscios os eleitos do Senhor, para viverem à altura de sua vocação: “Estão eles especialmente obrigados a atingir a perfeição, pois... pela recepção do sacramento da Ordem, são transformados em instrumentos vivos de cristo, Eterno Sacerdote, a fim de poderem, ao longo dos tempos, completar a obra admirável dele” (PO 12).

Disto, devemos nós também estarmos conscientes a fim de considerarmos e venerarmos nos sacerdotes o próprio Cristo.

No segundo domingo celebraremos o dia dos Pais.

A Sagrada Família deve ser o modelo a quem os pais devem se espelhar, pois ela é proposta pela Igreja como modelo de toda família cristã. Primeiramente pela supremacia de Deus profundamente reconhecida: na casa de Nazaré, Deus está sempre em primeiro lugar, tudo lhe é subordinado! Nada querem, nada fazem fora de sua vontade. O sofrimento é abraçado com profundo espírito de fé: vêem em cada circunstância a manifestação de um plano divino, embora, muitas vezes, envolto em mistério. As vicissitudes mais ásperas e duras não perturbam a harmonia, justamente porque tudo é considerado à luz de Deus, porque JESUS é o centro dos afetos, porque Maria e José gravitam em torno dele, esquecidos de si, totalmente associados à missão dele.

Quando é inspirada em semelhantes princípios a vida de uma família, tudo corre em perfeita ordem: a obediência a Deus e às suas leis leva os filhos a honrarem os pais, estes a amarem-se e a compreenderem-se mutuamente; a quererem bem os filhos, e a educá-los respeitando os direitos de Deus sobre eles.

Lembremo-nos de algumas virtudes de São José: Homem justo, obediente e temente a Deus, disponível para com Deus e sua família, silencioso, orante... destacamos estas entre tantas outras, nas quais os Pais poderão se perguntar: eu reflito tais virtudes a meus filhos?

Quantos pais, em nossos dias, tentam suprir sua ausência junto a seus filhos com presentes e fazendo tudo o que eles querem... Não devem se esquecer que o amor não pode ser trocados por bens materiais. Não deixem para amanhã a atenção, o amor e o carinho que seus filhos esperam.